Fast food é para quem vive correndo atrás da bola, nunca espera que ela ou qualquer outra coisa venha fácil e bem redonda, e se sente correndo atrás do prejuízo fast, FAST, FASSSSSST. E corre tanto e tanto que vai ficando sem fôlego. E aí o tempo voa tão velozmente que mal dá para comer e ainda menos para degustar; quando muito dá para engolir!!! E às vezes parece ser preciso engolir em seco, empurrando o que quer que seja goela abaixo. E o ar parece faltar e a respiração sumir! Quase tudo processado, congelado, enlatado, enfileirado, maquiavelicamente mecanizado e c indigestos toques de amarelo e vermelho… O roteiro vai ficando cinza, o cenário obscuro. Produção. Pressão. Tensão. Ups! Alguém está sendo fulminado.
Hãm?!! Se tudo é um processo, que seja mais em banho-maria. Se é fogo, que seja brando. Se é graça, que tenha o frescor da alegria e a alegria do frescor. Afinal, é possível desfrutar a vida e respirar c’alma, se nutrir com o que realmente tem valor, deliciar-se com o alimentar a vida.
Slow food é mais que um sábio movimento nascido numa terra linda para amar, rezar e comer e também para rever boa parte de toda a história da humanidade. Slow food é um convite – quase uma intimação – à vida.
Slow food e slow down. Sim, pé no freio.
Quanta vida!!! Que deleite sorver a vida assim, de-va-gar-zi-nho, sem aquela neurótica correria para chegar não se sabe onde. Para que tanta pressa? Temos tempo à beça.
Manúcia Passos de Lima