I am

Aion é, segundo os antigos gregos, não-tempo e se revela quando, mergulhados em contemplação, paramos de resistir e de desejar.

Resistir é como tentar empurrar a realidade, ou o que achamos ser a realidade, para algum lugar bem longe de onde nos encontramos. Desejar é tentar puxar para onde estamos o ideal de nossos sonhos. Enxergamos, em ambas as situações, tudo rotulado, inclusive nós mesmos… são tantos rótulos que a respiração some e a tensão exaure qualquer possibilidade de reconhecermos Aion e até nós mesmos.

I am é nossa essência e como tal despoja-se de resistências, de desejos, de rótulos, de chega para lá ou para cá… I am tudo permeia e se esparrama ilimitadamente por Aion, que é um dos nomes de eternidade.

Quando estamos bem sintonizados todo esforço some, a respiração cresce e flui e Aion e I am se tornam evidentes.

Manúcia Passos de Lima

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