Cada macaco no seu galho

cada macaco no seu galho

Para assumirmos o nosso devido lugar – com todo o bônus e o ônus que isto implica – precisamos, por incrível que pareça, reconhecer o lugar dos outros.

Somos seres relacionais, somos sempre “em relação a” e isto dá ordem, sentido e beleza para nossas vidas; de outra forma seria o caos. Na infinita mandala da vida funcionamos em conJUNTO; ora somos filhos, ora somos pais, ora somos aprendizes, ora somos mestres, colaboradores, clientes, fornecedores, patrocinadores, cidadãos, estrangeiros…

Quando na teia de nossas múltiplas relações excluímos, ou subestimamos, alguém – por ignorância ou teimosia – um contra-senso nos ronda e de alguma forma ficamos sem jeito, sem graça e também meio que sem lugar. Honrar pais e antepassados – que são nossas raízes – é um bom começo para nos acharmos. Dar lugar aos que já se foram para outras histórias, ou dimensões, também faz parte do processo de nos posicionarmos. Curiosamente, quem olha com bons olhos para os exs (quaisquer que sejam) abre um bom espaço para os atuais e futuros; quem reconhece e agradece as parcerias se empodera; quem assume o seu devido lugar assume melhor o seu poder pessoal e quem o faz convida os outros a fazerem o mesmo.

A cultura popular sabiamente diz: “cada macaco no seu galho” sugerindo que na árvore da vida – em que somos frutos e sementes – cada um tem sua parcela.

Manúcia Passos de Lima

1 comentário em “Cada macaco no seu galho”

  1. Estes conceitos que você descreve em seu belo texto são muito verdadeiros. Sempre me senti “sobrevivente” e acreditava que era somente pelas minhas dificuldades. Certa vez fiquei sabendo que entre meus antepassados há judeus que fugiram/morreram nas mãos dos nazistas.

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