ConFIAR é uma trama que se inicia bem antes do que se imagina e que pode terminar bem antes do que se espera.
Quando uma artesã, ou um artesão, flerta com um tear e imagina com ele se envolver para fazer uma peça ela, ou ele, geralmente tem alguma experiência, tem suas preferências de materiais e cores para trabalhar e já tem também alguma expectativa do resultado que terá naquele processo de ir e vir com idéias e linhas. Ainda assim, muitos artesões se dão ao trabalho e ao deleite de neste flerte avaliar, sem pressa alguma, o tear de cima a baixo, de ouvir o barulho que o manuseio dele produz, de cheirar bem de perto a matéria-prima, de esfregar bem as mãos, e às vezes os pés, nos materiais com que talvez venha a trabalhar…
Da mesma forma, quando conFIAMOS em alguém, ou em algum projeto ou proposta, já temos – por mais que não tenhamos consciência – uma certa ideia de onde queremos chegar naquela trama, ou, pelo menos, de por onde queremos seguir.
Quem conFIA se envolve, e quem se envolve se “des-envolve”, afinal, conFIAR sempre rende aprendizagens, e, com frequência, traz bons resultados.
Manúcia Passos de Lima