“Saco vazio não para em pé” – termo cunhado na zona rural, bem longe dos centros urbanos e mais longe ainda dos centros acadêmicos – bem ilustra, com a praticidade daqueles que põem a mão na massa, o que é sustentabilidade.
Sustentabilidade, que definitivamente não é uma questão recente na história da humanidade, parece se referir muito mais a conteúdo como princípio do que a qualquer outra coisa. Afinal, o que nos preenche e sustenta verdadeiramente é notável, apesar de nem sempre ser visível, e tem seu poder agindo muito mais de dentro para fora do que de fora para dentro.
É lógico que um saco vazio pode se escorar num saco cheio, mas se o faz não tem a autonomia daquele que o escora… E falando em autonomia, em economia saco cheio se refere a reservas e geralmente é um bom negócio, mas não por muito tempo porque o conteúdo que não se renova e não circula fica velho e dá caruncho.
Enfim, o que tem bom conteúdo e se renova é naturalmente sustentável; o que é vazio não para em pé e é custoso, tão custoso que se apresenta insustentável.
Manúcia Passos de Lima