Se fossemos capazes de nos desfazermos de todos os nossos laços nada seríamos. Simples assim: nada. Somos sempre em relação a; e só em relação a é que nos definimos.
Traçamos e tramamos nossa história em relação às pessoas, lugares, objetos, ideias, ideais, cursos, discursos, preferências, crenças, descrenças e tudo o mais.
Como cidadão ou estrangeiro, descendente ou ascendente, aluno ou professor, anfitrião ou convidado, fornecedor, cliente, vizinho, amigo, parceiro, mensageiro, proprietário, inquilino, forasteiro, curioso… à par ou alheio, por dentro ou por fora, por cima ou por baixo, de um jeito ou de outro somos sempre em relação a.
Nosso existir se revela como p’ARTE de reLAÇÕES.
RElações são presentes cheios de linhas e pontos, de nós, e, sobretudo, de grandes laços. De grandes laços feitos e refeitos para, pura e simplesmente, embalar a vida.
Manúcia Passos de Lima