ARrisque-se

Por Manúcia Passos

ARriscar-se é uma das ações mais ousadas e mais empoderadoras na experiência humana. No ARriscar saímos do casulo do conhecido e, às vezes, nos sentimos como peixe fora d’água de tão ocupados com as novas aprendizagens que nem dá para buscar bodes expiatórios, ficar resmungando do passado ou especulando o futuro. ARriscar-se é um presente para quem quer mergulhar na experiência do presente onde princípio, meio e fim se convergem.

Será que existe algum outro verbo que tão bem reflete a marca que paira no ar quando nos permitimos o poder da renovação?

Se permitir o poder da renovação, que vem com mudança de hábitos, significa suavizar certas marcas tanto quanto potencializar certos riscos… ARriscamo-nos quando fuçamos e esmiuçamos a vida de tal forma que já não é possível manter exatamente os mesmos hábitos. Arriscamo-nos quando ousamos desbravar desconhecidos territórios, usar diferentes linguagens, fazer novos amigos, acordar adormecidos talentos, super limpar arquivos e armários, plantar flores e podar arestas, semear ideias inovadoras e regar atitudes diferenciadas… Enfim, ARriscamo-nos quando pulamos fora da antiga zona de conforto e… tibum, desvendamos novos riscos, cheiros e paisagens.

É na poesia e na inquietação do ARriscar-se que traçamos novas possibilidades, alcançamos novas perspectivas, definimos novas conquistas e… renascemos. Redesenha a si e a história aquele que se ARrisca a largar mão de velhos hábitos para se apropriar de novos outros.

ARrisca-se quem para de deixar como está para ver como é que fica e sai de cima do muro impulsionado pela intuição de que os possíveis arranhões e tropeços não serão tão marcantes quanto as prováveis aprendizagens e conquistas.

ARrisque-se.

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