Não basta ser mãe, é preciso ser descolada. Como??!!!
É possível ser descolada de salto alto tanto quanto de rasteirinha, de tênis, de botina ou de meia fina, à pé ou de avião, no térreo ou na cobertura, sozinha ou bem acompanhada, na linha de frente ou nos bastidores… Descoladas são pessoas que se viram na vida com facilidade; são antenadas, não são desligadas; e, sobretudo, se reconhecem frágeis perante as surpresas da vida e aí, bem aí, está o salto – quântico, diga-se de passagem – quando o papel é de mãe.
Como sujeitas aos revezes da vida as descoladas investem muito em autocuidado, de diversas formas, de dentro para fora e de fora para dentro. E vivendo o autocuidado ensinam seus filhotes a serem bem cuidadosos consigo e com o entorno.
Mães descoladas se sabem limitadas em seus talentos e pelo tempo e fazem valer o poder dos limites na educação de seus filhos. Fazem bom uso dos combinados não só porque eles traçam limites e mostram o poder das parcerias, mas também porque na vida quem não é comprometido se faz ausente. E só é feliz quem é presente!
Não é à toa que os limites dos casulos e dos ovos fazem as asas funcionarem. Os limites nos tornam mais atentos e fortes, mais vivos e plenos. Os limites nos dão o verdadeiro tom da liberdade!!! Na escola da vida quem não bate bem as próprias asas se torna refém…
O cuidado é a base de toda boa educação. O autocuidado é a essência da autonomia. Na escola da vida cuidado nasce, cresce e frutifica com limites e é a maior força motriz de mães dESCOLAdas e de filhos des-colados.
Manúcia Passos de Lima
Bravo, Manúcia, amiga e mãe descoladíssima!!