Feliz, muito feliz, é quem de tempos em tempos estranha.
Quem nunca estranha, com frequência, se acha por dentro, contudo, deve andar ausente, bem ausente…
Estranhar é se sentir meio de fora, porém, presente. É – a despeito de todos os sentidos – colocar em cheque as próprias percepções.
Ficar de orelhas em pé, olhar para ver, ver para crer, se espantar e se questionar, se mexer e se precaver para não engolir goela adentro o que não quer são atitudes de quem estranha.
Estranhar é talento de quem se coloca na vida como estrangeiro em terras desconhecidas, que vai tateando e fuçando novas possibilidades até descortinar um novo parecer, um novo mundo ou universo até… estranhar de novo!!!
Manúcia Passos de Lima