Estar no centro é sempre uma graça, mas nunca é de graça. Para chegar lá é preciso se mexer, se despir, se desintoxicar, se desfazer, se encontrar e se cuidar. E se cuidar com todo o zelo de quem se reconhece como um relicário.
Só alcançamos o miolo nos desfazendo das cascas. E é bem no caroço, bem na SEMENte, que mora a possibilidade maior de renovação da vida.
Ninguém chega no eixo e encontra o cerne da história sem se mexer e arejar bem as memórias de sua origem. E ninguém alcança o c’ENTRO sem ser presenteado com inspirações e aspirações maiores.
A despeito de todos os movimentos e ruídos internos e externos ao sairmos do periférico é sempre a quietude do aqui e agora que se revela… adENTRAR no aqui e agora é reconhecer o c’ENTRAR como o único caminho e o melhor ponto de encontro com a gente, com o outro e com a vida.
Manúcia Passos de Lima