A linha nos lembra costura que para nosso conforto e deleite transforma pedaços de tecidos e couros em roupas, calçados e adornos. A linha também nos lembra remendos que são bem melhores que o desleixo de não fazê-los quando eles se fazem necessários. Afinal, há peças no quebra-cabeça de nossa história que devem ser reparadas para que tudo faça mais sentido, ou pelo menos tenha algum sentido.
Com linha é possível modestamente pescar um peixe ou fazer redes para pescas mais arrojadas.
Existem linhas de expressão, linhas de produção, linhas de raciocínio, linhas genealógicas que podem ser retas ou transversais, linhas imaginárias, linhas de frente e de fundo, linhas de crédito e de débito (óbvio), linhas de força, linha de mira e de prumo, linhas duras e frouxas… Linha do horizonte e linha-d’água… Os meridianos – tanto na terra quanto no corpo – também são linhas…
No imensurável cesto de linhas do universo duas sempre se trançam: a linha da vida e a linha do tempo e para que nelas as demais linhas não se embolem é preciso clareza para não perder o fio da meada e se sentir parte da teia que é o Todo. Com tantas linhas para não se enrolar o jeito é se alinhar.
Manúcia Passos de Lima
Alinhar a todo momento…